Mulher a viajar num avião

Turismo pós-coronavírus: Retomar a atividade

17/06/2020

Ainda é cedo para estimar o impacto global da COVID-19 na economia europeia e, particularmente, no sector do turismo. 

A Organização Mundial de Turismo estima, para 2020, um declínio de 20% a 30% nas chegadas, em comparação com o ano de 2019. Em termos de força de trabalho, o Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC) prevê uma perda de 75 milhões de empregos em todo o mundo e 6,4 milhões de empregos na UE este ano. Isso significa, em valor, uma perda de € 270 a €407 bilhões em receitas de turismo.

A pandemia está a chegar a um estágio de controle e por isso a maioria dos países europeus está a implementar uma “abertura” controlada de fronteiras, entre países da UE com “perfis de risco semelhantes”.

Nesse cenário, como é que as empresas de turismo se podem preparar para a retoma da atividade?

Foco na Segurança e na Saúde:

A partir de agora, a saúde tem que ser incorporada em todos os aspetos da viagem. Devem ser estabelecidos protocolos de limpeza rigorosa em todas as áreas do sector, desde os balcões de atendimento, ao controle de fronteiras, à limpeza, ao serviço de quarto, refeições e viagens/visitas. A tendência é criar novos processos digitais “sem toque”,  desde o aeroporto até o check-in do hotel e à participação em eventos. 

Ao mesmo tempo, os líderes mundiais estão a trabalhar de forma conjunta para que a triagem de saúde dos passageiros seja padronizada em todos os continentes. Numa perspetiva mais local, alguns países da UE estão a criar entre eles “corredores seguros de viagens” , como é o casa da Espanha e da Alemanha. Todas estas formas de responder à pandemia implicam, obviamente, um grande investimento em sistemas integrados de tecnologia, de inteligência artificial (IA), robótica, e compliance  com as leis de privacidade dos dados, nomeadamente os de  saúde.

Oferta de experiências “em isolamento”:

Os especialistas alertam que, no momento de retomar as viagens, a maioria das pessoas vai começar com viagens  próximas da sua casa, dentro do seu país. Assim, as empresas turísticas devem investir em promover as suas soluções locais, com pequena capacidade, porque  os turistas vão procurar a segurança de alojamentos com menos afluência de pessoas. Ofertas de mobilidade terrestre e aquática (aluguer de barco ou autocaravana), por exemplo, também são vistas como boas alternativas para os viajantes europeus e podem funcionar como uma diferenciação positiva nos serviços oferecidos pelas empresas de turismo.

Transformação e Comunicação digital:

Em tempos pós-surto, a comunicação digital personalizada é uma ferramenta poderosa para empresas de turismo. Para aquelas que ainda não  apostam no marketing digital, é obrigatório começar. Feedback 24/24 horas, campanhas personalizadas de PPC (pagamento por clique), pesquisa e social media, recomendações de influenciadores e conteúdo de alta qualidade (vídeos e IA) focados na segurança da experiência são ativos de venda que devem  ser explorados através de uma comunicação digital profissionalizada. 

Sustentabilidade fiscal e financeira:

Para responder ao declínio da procura e a um cenário de recuperação lenta, as empresas de turismo devem concentrar-se na otimização fiscal, em planos de redução de custos, reengenharia de dívidas e conformidade com as condições dos fundos de emergência europeus, criados para investir em novos protocolos de limpeza e segurança e na comunicação digital. 

A Auren Portugal tem uma equipa multidisciplinar de especialistas em gestão e consultoria fiscal no sector do turismo. Consulte-nos e fique a saber como podemos contribuir para o sucesso da vossa empresa.

Vitória Pinhão

Auren Portugal Consultoria

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