A evolução tecnológica, globalização e internacionalização das empresas e interdependência dos mercados colocaram pressão sobre o reporting financeiro integrado. A crescente complexidade da informação e a falta de estruturação dificultam a comunicação da informação corporativa e estratégica, de forma percetível para todos os stakeholders e investidores. Além disso, nunca as empresas competiram tanto por recursos cada vez mais escassos: recursos financeiros, humanos, sociais e ambientais.
Como tal, para que a economia se mantenha em funcionamento, garantindo a adaptação da sociedade aos desafios atuais, o conceito de criação de valor deverá ser central no processo de elaboração do reporting financeiro.
Imagine um documento corporativo, resultado de um pensamento integrado de uma equipa multidisciplinar, que reflete a estratégia da empresa e examina as suas capacidades de criação de valor sustentável a curto, médio e longo prazo. Não é uma utopia: chama-se relatório integrado <IR>, e é tido com o futuro do reporting corporativo.
Princípios do IR (Relatório Integrado)
De acordo com o artigo do IIRC (International Integrated Reporting Committee) de 2011, o relatório integrado é “uma comunicação da informação material sobre a estratégia, gestão, desempenho e perspetivas da organização de forma a espelhar o contexto comercial, social e ambiental em que opera”. Como tal, tem como objetivo “reunir uma representação clara e concisa de como a organização demonstra capacidade de boa gestão e de que forma cria e sustenta valor ao longo do tempo”.
De forma geral, o <IR> combina as diferentes vertentes do relatório corporativo: financeira, fiscal, organizacional e de governança e relatórios de sustentabilidade num só documento, refletindo sempre a real capacidade de uma organização criar e manter valor.
Os princípios base da estrutura do <IR> são:
Desafios de implementação do IR
O estudo da Black Sun de 2014 ‘Realizing the benefits: The impact of Integrated Reporting’ avaliou o impacto do <IR> nas primeiras organizações que o adotaram e identificou um impacto bastante positivo. Segundo o inquérito feito junto dos profissionais: 91% destacou impacto positivo no compromisso externo, 96% reconheceu impacto positivo no compromisso interno, 100% viu mudanças nas relações com os stakeholders externos e 79% reconheceu benefícios estratégicos do documento na tomada de decisão.
No entanto, o estudo ‘Insights on Integrated Reporting’ de 2017, a ACCA (Association of Chartered Certified Accountants) concluiu que apenas 46% dos relatórios examinados abordaram o princípio da materialidade corretamente e apenas 41% foram considerados concisos. Além disso, muitos dos profissionais revelaram sentir falta de KPIs comparáveis aos de outras empresas sem <IR> e solicitam métodos de medição mais claros.
Considerando que existe um padrão nas dificuldades encontradas, o estudo da ACCA sugere a consulta, leitura e avaliação de <IR> de outras empresas do seu setor ou mesmo de setores diferentes. Mas esta não é a única sugestão. Caso esteja a ponderar aderir ao <IR>, a ACCA dá os seguintes conselhos:
A Auren está ciente de todos os desafios e tem respostas integradas para cada organização. Composta por uma equipa multidisciplinar e experiente, a Auren poderá fornecer o aconselhamento necessário para o desenvolvimento do pensamento integrado dentro da sua organização. Com os profissionais da Auren será mais fácil elaborar um relatório integrado completo que cumpra o seu objetivo enquanto ferramenta de comunicação de valor e estratégia da sua empresa.
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