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Está a pensar investir numa Startup? Estes são os 6 eixos que deve avaliar.

05/11/2020

 De acordo com os dados da Informa D&B, 1 em cada 3 startups fecha portas ao fim de um ano e apenas 42% destas empresas chega à idade adulta (5 anos). No entanto, existem neste momento mais de 2.500 startups em Portugal, que representam 1.1% do PIB. A tendência é de crescimento, de acordo com André Aragão Azevedo, secretário de Estado da Transição Digital, o Governo pretende duplicar o número de startups e atingir mil milhões de euros em investimento no ecossistema, de forma a que este tenha um impacto de 2% do PIB até 2023. 

Analisar o risco de investimento numa startup pode ser uma tarefa desafiante. A Auren fundamenta os seus serviços de avaliação deste tipo de empresas nos seguintes eixos:

  • A procura: robustez do problema a resolver 

    O problema é o fator externo que permite verificar se a empresa pode, de facto, crescer rapidamente. Idealmente, o problema deverá ser grande (afetar muitos utilizadores), estar a crescer rápido, implicar algum sentido de urgência na resolução e comportar gastos para ser resolvido. Ao mesmo tempo deverá haver, por parte potenciais consumidores, disposição e capacidade para pagar. 
  • A oferta: alinhamento com necessidades do mercado e tendências futuras

    Tendencialmente, as novas ideias de negócio tecnológico tendem a focar-se no aperfeiçoamento da solução digital (plataforma, SAAS, etc..). É óbvio que utilizar a tecnologia mais inovadora, que permita facilmente integrar desenvolvimentos tecnológicos futuros, é uma mais valia. Para a avaliação da startup, no entanto, é igualmente relevante focar-se nos fatores que indicam como e porquê a solução vai de encontro às necessidades e desejos dos potenciais clientes. Analisar a oferta através do modelos de comportamento do consumidor, por exemplo, o Princípios de Mudança de Comportamento do Consumidor de BJ Fogg (Motivação, Capacidade e Triggers) é uma boa prática. A startup terá tanto mais sucesso quanto maior for a sua capacidade de formar novos hábitos e comportamentos. 
  • As ligações: potencial de crescimento em rede

Num ambiente onde os modelos de negócio se tornam cada vez mais digitais e colaborativos, é importante ter em conta os denominados Network Effects, ou seja, avaliar se o cliente do startup se vai sentir cada vez mais propenso ao consumo, à medida que a rede e número de pessoas que consomem vai aumentando e partilhando experiências. Quanto maiores os Network Effects do modelo de negócio, maior será a possibilidade da startup prosperar. 

  • As pessoas: equipa multidisciplinar e experiente

Neste âmbito, convém analisar o perfil dos fundadores. Idealmente as melhores empresas startups são lideradas por experts no sector, com capacidade de motivar equipas multidisciplinares, vender e superar desafios. Além disso, apostar em equipas com experiências passadas em empreendedorismo, mesmo que falhadas, é menos arriscado do que apostar em projetos com empreendedores inexperientes. É sempre um bom indicador se os membros da equipa já trabalharam juntos, dado que existe prova de compatibilidade e bom ambiente de trabalho. 

  • Os números : indicadores quantitativos

O equilíbrio do modelo de negócio (vendas versus custos), a robustez das projeções financeiras e todos os dados que estejam disponíveis (alguma startups já possuem informação financeira real) devem ser escrutinados em detalhe.

  • As crenças: indicadores qualitativos

Além da avaliação racional e dos dados investir também implica um exercício de intuição para a avaliação dos níveis de compromisso da equipa para com os valores da empresa e o modelo de negócio e o seu alinhamento com os objetivos particulares do investidor.

Se para o último fator é importante ouvir a sua intuição e a sua experiência, para a avaliação dos cinco primeiros fatores é relevante obter aconselhamento profissional. Os consultores experientes da Auren são uma ajuda essencial na avaliação das empresas e respetivas projeções financeiras, na análise do mercado e do modelo de negócio, permitindo-lhe tomar uma decisão de investimento ponderada e informada.

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